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Opinião

20/07/2020

Plantas daninhas: controle associado ao tamanho

Eng. –Agr. Dr. Mauro Antônio Rizzardi Professor da Universidade de Passo Fundo, RS

O controle de plantas daninhas com herbicidas é realizado sobre plantas já emergidas ou sobre plantas em fase inicial germinação. Para cada uma destas fases existem herbicidas específicos que são indicados para uso na modalidade de pré-emergência ou na pós-emergência das plantas daninhas.

Os herbicidas pós-emergentes, em sua maioria, são indicados para uso nas fases iniciais de desenvolvimento das plantas, sendo raros aqueles que controlam plantas adultas. Principalmente, para aquelas espécies de difícil controle aos herbicidas existentes.

Tanto isso é verdadeiro que o controle em pós-emergência é subdividido em controle precoce; normal e tardio. O controle precoce ou inicial inclui plantas com menos de duas folhas, como exemplo tem-se herbicidas como bentazon e o fomesafen. O controle pós-normal abrange plantas com 2 a 4 folhas ou no início do perfilhamento, e que envolve a maioria dos herbicidas indicados para o uso em pós-emergência. Já, o controle tardio inclui plantas com mais de 4 a 6 folhas ou com 2 a 4 perfilhos.

O estádio de desenvolvimento da planta daninha está diretamente relacionado com a suscetibilidade aos herbicidas. O menor controle em plantas adultas pode estar associado a diferentes fatores, como: biomassa produzida; cerosidade nas folhas; quantidade de reservas acumuladas tanto na parte aérea e no sistema radicular; dificuldade em atingir os pontos de crescimento da planta e capacidade de rebrote.

Plantas jovens são mais eficientemente controladas por possuírem menor área foliar e terem a cutícula ainda em fase de desenvolvimento, o que facilita a absorção do herbicida. Além disso, os herbicidas aplicados nos estádios iniciais de crescimento cobrem melhor a parte aérea da planta, característica extremamente importante para herbicidas de contato, sem translocação, como os inibidores do Fotossistema I; Protox e Glutamina sintase.

Para espécies como Azevém; Buva; Capim-Amargoso, entre outras, o grau de controle obtido diminui na medida em que as plantas se desenvolvem. Para estas espécies, a aplicação de herbicidas em estádios iniciais de desenvolvimento éfundamental para a obtenção de sucesso no controle. Para Buva (Figura 1) e

Amargoso, nas aplicações nos estádios iniciais de desenvolvimento a suscetibilidade aos herbicidas é maior e resultam em menor risco de rebrote nas plantas. Em plantas mais desenvolvidas ocorre maior acúmulo de biomassa, tornando-as com maior capacidade para se recuperarem dos efeitos do controle químico.

Figura 1- Controle de Buva em diferentes estádios de desenvolvimento (Schneider, T.; Rizzardi, M. e Bianchi, M., 2018).

Mauro Antônio Rizzardi é Engenheiro Agrônomo pela Universidade de Passo Fundo , mestre e doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professor titular da Universidade de Passo Fundo. 

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